GRUPOS DE DIFERENCIAÇÃO
(CD8 & CD4)

O avanço mais importante na identificação e
análise destes subgrupos de linfócitos T foi a descoberta de que populações
funcionalmente distintas expressam diferentes proteínas de membrana. Estas
proteínas servem como marcadores fenotípos de diferentes populações
linfocitárias. Por exemplo, a maioria dos linfócitos T-auxiliares expressam
uma protéina de superficíe denominada CD4, e em sua maioria os CTLs
(linfócitos T citotóxicos) expressam um marcador diferente, denominado
CD8. Portanto, anticorpos contra tais marcadores podem ser usados na
identificação e isolamento das diversas populações linfocitárias. Ademais,
após uma análise mais aprofundada, foi demonstrado que muitas das proteínas
de superfície, que foram inicialmente reconhecidas como marcadores
fenotípos para vários linfócitos, desempenhavam papéis importantes nas
funções biológicas destas células.
CD4 e CD8 são glicoprotéinas da superfície dos linfócitos T que são
expressas em subgrupos mutuamente exclusivos de linfócitos T maduros com
padrões distintos de restrição do MHC. CD4 e CD8 servem como moléculas
acessórias, por facilitarem as interações dos linfócitos T com as APCs (células
apresentadoras de antígenos), ou do CTLs com as células-alvo.
CD4 serve como molécula de adesão intercelular, em virtude de sua
afinidade específica pelas moléculas da classe II do MHC, além de transduzir
sinais ou facilitar a transdução do sinal mediado por TCR:CD3 através da
ligação a molécula da classe II do MHC.
CD8 serve como molécula de aderência intercelular, pela ligação a
domínio alfa3 não-polimórficos Ig-símilares de moléculas da classe I
do MHC, além disso, facilita a transdução do sinal mediado por TCR:CD3
através da ligação de molécula da classe I do MHC.

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